A AfT ajuda os países em desenvolvimento, especialmente os PMA, a envolverem-se nos mercados globais através do reforço das suas capacidades comerciais e das suas infraestruturas ligadas ao comércio.

Com o Programa de Ação de Bruxelas para os Países Menos Avançados para a Década de 2001-2010, um conjunto abrangente de compromissos liderado pela ONU que visava erradicar a pobreza nos PMA consagrou a AfT como um componente fundamental da Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD). O Programa de Bruxelas recordou as dificuldades enfrentadas pelos PMA, bem como as medidas necessárias para reintegrar os países marginalizados no sistema de comércio multilateral. O programa envolveu tanto parceiros de desenvolvimento como PMA numa série de ações orientadas para a integração do comércio. O apoio aos PMA consistia principalmente em ajuda financeira, assistência técnica e acesso simplificado aos mercados dos países desenvolvidos. Globalmente, os compromissos da AfT ascenderam a 66 mil milhões de dólares para o período de 2001-2011.

De igual modo, a OMC declarou “a cooperação técnica e o reforço de capacidades” no que respeita a desenvolver capacidades para países menos avançados e de baixos rendimentos como uma prioridade da Ronda de Doha. Na 6.ª Sessão da sua Conferência Ministerial realizada em Hong Kong em dezembro de 2005, a OMC reafirmou a sua intenção de assumir uma função importante nesta área ao lançar a Iniciativa da Ajuda ao Comércio. Como resultado desta Iniciativa, que envolveu não somente a OMC mas também outras organizações, as contribuições dos doadores aumentaram e foi criado um evento anual, a Análise Global da Ajuda ao Comércio.

Os progressos da Ajuda ao Comércio em direção aos seus resultados pretendidos são avaliados por um quadro de monitorização e avaliação conjunto da OMC/OCDE. Este quadro publica anualmente o relatório Aid for Trade at a Glance. Outro relatório realizado por este quadro, centrado nos PMA, concluiu em 2011 que tinha sido registado “um progresso regular, arduamente conquistado” no alcance dos resultados da Ajuda ao Comércio. Ilustrou também histórias de sucesso como a de Cabo Verde, que abandonou a lista de PMA em 2008 graças, nomeadamente, à assistência do QIR.